sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Estive ausente para viver. Fui ali procurar coisas que me preencham a vida para que, no fundo, ela até valha a pena. Agora voltei e apaguei quase tudo para recomeçar. 


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A "coisa" carece de um contexto

Tenho 28 anos. Sou casado há perto de três com uma super-mulher que inspira os meus dias, com quem tenho uma relação de quase 10 e que é minha amiga há mais de 20. Sou ácido e critico, principalmente comigo. Não suporto pessoas que tem pena de si mesmas. Faço perguntas sempre que tenho dúvidas, peço desculpa sempre que me engano. Na escola, fui vitima de bullying durante anos; nunca ninguém se preocupou ou teve pena e eu agradeço - o que não nos mata torna-nos mais fortes. Estive para ser oficial do exército mas acabei a estudar teatro; desisti do teatro para não desistir de mim e fui trabalhar para as obras; sou gestor. Gosto de viajar e de me misturar com as pessoas, aprender com elas - de todas as viagens regressei mais humilde e mais certo do meu caminho. Um dia hei-de tatuar o corpo todo. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Esta crise não é minha"

Nas suas diversas variantes esta é, para mim, a expressão máxima da desresponsabilização cívica; e eu ouço-a demasiadas vezes, com demasiada veemência, proferida por pessoas que usufruíram q.b. das regalias do sistema e que, por isso, deviam ter vergonha, fechar a matraca e ir fazer alguma coisa útil.

Não haja ilusões, esta crise (que mais do que económica será, preponderantemente, de valores) é de todos; somos todos responsáveis e a menor das nossas culpas é termos preferido o silêncio à acção quando percebemos que o Estado estava a ser delapidado. Calamos, porque agir dava trabalho e andávamos cansados; porque obrigava à confrontação e nós gostamos de ser os tipos porreiros que estão de bem com todos; porque em troca do silêncio lá conseguimos um subsídio, ou o gimnodesportivo para a freguesia, e então as contas equilibravam-se. 

Alguém acreditou, algum dia, que a nossa estrutura económica suportava os quilómetros de autoestrada construída? Ou os milhares de rotundas e outras relíquias dos patriarcados municipais? Ou os infindos apoios e subsídios a empresas, fundações, associações e outras que tais? Ou, ou, ou, ou! 

Em contrapartida, alguns do que outrora calavam, agora que é chegada a hora de pagar a factura, vem para a rua, e para os jornais e para os noticiários televisivos. Agitam-se, gritam, manifestam-se. E esses, o mais que reclamam é terem tido que cortar nas férias e nas jantaradas, o já não conseguirem pagar o seu T3 com vista para o Tejo e o piqueno BMW que até só é da série 1. E enquanto se manifestam vão tirando fotografias nos seus iphones para partilhar com os amigos nas redes sociais. E marcham como carneiros, sem perceberem que vão sendo carne para canhão na propaganda dos profissionais do contra - esses, que o RCA sabiamente apelida de imbecis e que, ainda em palavras dele, "nunca foram poder e talvez por isso não deixaram de prometer, a quem os quis ouvir, a ilusão de uma sociedade igualítária. Essa ideia cretina que todos vamos ter carro (de preferência novo), roupas de marca, um curso superior, casa própria, que todos os trabalhos merecem rendimento igual e que quem tem dinheiro, seja ele poupado, herdado ou fruto do risco, deve ser penalizado por esse crime."

Para nos defendermos da "agressão" invocamos como argumento maior 9 séculos de História e, no entanto, o que se vê, principalmente a partir do século XV, é um Pais que vive por conta. Vivemos por conta do ouro do Brasil, das especiarias da Índia, dos escravos de África, dos subsídios da UE (e de N outras fontes), aniquilámos a nossa força produtiva e transformamos-nos num País de serviços; agora, que nos vemos obrigados a viver do que produzimos, não sabemos onde acorrer porque, em boa verdade, não produzimos porra nenhuma. (e só sairemos verdadeiramente da crise quando esta realidade mudar)

Nota de Rodapé: a todos os que realmente se empenham e dão o seu melhor como trabalhadores e cidadãos; aos que se manifestam de pleno direito (entenda-se, os que tem razões reais para tal), a todos os que, vitimas do infortúnio ou da falta de escrúpulos, ficaram desamparados, a minha homenagem e votos de sucesso. Os outros saberão quem são.

domingo, 7 de outubro de 2012

No pain, no gain

Sendo este o post introdutório de mais uma aventura blogosférica, seria expectável que nas próximas linhas gastasse o meu latim a enumerar todas as coisas super interessantes que planeio publicar e sobre como isso irá preencher os meus dias e ainda sobre como serei uma pessoa realizada ao imaginar que com as minhas modestas publicações farei a diferença nos vossos dias. Bullshit!

De facto, este não é o meu primeiro blog. Outros existiram antes e pereceram. Quem sabe este será diferente... ou não! A mim, o que me interessa mesmo é a viagem e não o destino. Importa-me saber que não me fiquei pelo sofá e que tentei fazer alguma coisa, partilhar alguma coisa, ensinar alguma, aprender alguma coisa. No fim, o que levamos desta vida são as pequenas metas que fomos ultrapassando com algum custo, por isso, há que tentar ainda que doa. No pain, no gain!

De qualquer forma, sejam bem-vindos!